Avaliação Ecológica Rápida
A Ecossistema Consultoria Ambiental possui experiência em projetos com a metodologia denominada Avaliação Ecológica Rápida (AER). A AER fornece informações valiosas sobre a interação da flora e fauna sendo uma excelente metodologia para o levantamento de informações em curto prazo de tempo. O método integra múltiplos níveis de informações desde imagens de satélites e sobrevôos, até avaliações de campo específicas, sendo seus resultados utilizados como base para os planos de manejo.


Saíra-sete-cores Tangara seledon
(Statius Muller, 1776),
Reserva Biológica de Sooretama/ES.
Bioma Mata Atlântica
Foto: Vivian Braz






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Uma Avaliação Ecológica Rápida (AER) é um método diagnóstico usado para inferir sobre o estado de conservação de ecossistemas naturais terrestres (NASCIMENTO & VIANA, 1999) ou aquáticos (CORGOSINHO et al., 2004) e baseia-se no emprego de indicadores biológicos e/ou biofísicos. O principal objetivo de uma é a redução do tempo e do custo para a avaliação do estado de conservação de áreas naturais de interesse, sem a necessidade de inventários detalhados ou para facilitar a definição de estratégias mais eficientes para futuros inventariamentos.

AER tem três objetivos principais (TNC, 2000):

1. Caracterizar os tipos vegetacionais da área de estudo a partir da interpretação de imagens e avaliar a biodiversidade destes habitats por meio do estudo de campo.
2. Atribuir prioridades a estas unidades de habitat em relação à sua importância para a biodiversidade, para um manejo de conservação da área mais bem informado.
3. Recomendar áreas candidatas para a criação de áreas de conservação permanente dentro do sítio estudado


A necessidade de uma AER depende da quantidade de informação já disponível para a área em consideração e da urgência de se obter novas informações sobre seus habitats e distribuição de espécies. Uma AER gera sempre informações para uma aplicação específica, e a necessidade de uma AER é determinada quando há um claro consenso sobre a necessidade desta informação. Áreas para as quais se dispõe de uma quantidade considerável de informação sobre biodiversidade normalmente não são boas candidatas. As AER geram informação detalhada, embora básica, sobre a distribuição da biodiversidade em uma determinada paisagem; se o conhecimento geral atual sobre esta biodiversidade é evidente (por exemplo: as classes de tipo de cobertura foram descritas e mapeadas e listas de espécies foram elaboradas), provavelmente uma AER não será apropriada. Se a informação existente sobre biodiversidade for considerada de alta qualidade, não controversa e de um modo geral atual, uma AER não é aconselhável. As AER não são apropriadas para melhorias não essenciais, ou para atualizar a informação existente sobre biodiversidade, pois espécies raras ou habitats que não constem das listas existentes podem permanecer indetectados em uma AER. As áreas estudadas superficialmente, ou não estudadas, são mais apropriadas para serem consideradas para uma AER, especialmente quando uma falta geral de informação sobre a biodiversidade impossibilita um bom planejamento de conservação. Os sítios que se apresentam como melhores candidatos são frequentemente grandes, pouco conhecidos e altamente ameaçados (TNC, 2000).


Detalhe de tronco de representante arbóreo, Reserva Biológica Sooretama – ES.
Bioma Mata Atlântica Foto: Raquel Negrelle








CORGOSINHO, P.H.C.; CALIXTO, L.S.F.; FERNANDES, P.L.; GAGLIARDI, L.M.; BALSAMÃO, V.L.P. 2004. Diversidade de habitats e padrões de diversidade e abundância dos bentos ao longo de um afluente do reservatório de Três Marias, MG. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, 71(2): 227-232.

NASCIMENTO, H.E.M.; VIANA, V.M. 1999. Estrutura e dinâmica de eco-unidades em um fragmento de floresta estacional semidecidual na região de Piracicaba, SP. Scientia Forestalis, 55: 29-47.

THE NATURE CONSERVANCY – TNC. Natureza em foco: Avaliação Ecológica Rápida. Arlington, Virginia, USA, 2003. 182p.